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Escritório Larissa Siqueira

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5 Situações em Que É Possível Pedir Indenização por Dano Moral

Quando o dano vai muito além do prejuízo financeiro

Nem todo prejuízo que sofremos na vida pode ser resolvido com dinheiro. Mas, no Direito Civil, existem situações em que a dor, a humilhação ou o constrangimento são tão evidentes que o Judiciário reconhece o direito à chamada indenização por dano moral. O problema é que muitas pessoas ainda têm dúvidas: quando exatamente esse tipo de pedido é válido? O que é preciso comprovar? E como não cair em interpretações equivocadas?

Se você já se sentiu profundamente lesado por alguma conduta injusta ou abusiva, talvez já tenha se perguntado: “será que isso não cabe uma ação por dano moral?”. Essa é uma questão muito comum, e a verdade é que a resposta depende do contexto, da gravidade do fato e das provas que você possui.

Neste artigo, você vai conhecer 5 situações reais e comuns em que é possível ingressar com pedido de indenização por dano moral, de acordo com a jurisprudência atual e os princípios do Código Civil. Mais do que isso: vamos explicar os fundamentos jurídicos, os documentos necessários e os principais cuidados para quem busca esse tipo de reparação.

O que é dano moral, na prática?

Dano moral é toda ofensa que atinge a esfera da dignidade, honra, imagem, nome, vida privada, liberdade ou integridade psíquica de uma pessoa. Não é um prejuízo material (como a quebra de um carro), mas sim um sofrimento imaterial que abala emocionalmente o indivíduo.

De acordo com o art. 5º, inciso X, da Constituição Federal:

“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”

Já o Código Civil, em seu art. 186, também prevê:

“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

Na prática, não basta ter se sentido mal ou incomodado. É preciso comprovar que houve uma ofensa real, com efeitos concretos na sua vida. Por isso, nem todo aborrecimento é considerado dano moral.

1. Negativa indevida de plano de saúde

Quando um plano de saúde recusa um procedimento essencial, mesmo com indicação médica e cobertura prevista, o consumidor pode entrar com ação e pedir, além da obrigação de fazer, indenização por dano moral.

Por que cabe dano moral?

Porque a negativa coloca a vida e a saúde da pessoa em risco, gerando angústia, medo e aflição profunda.

O que apresentar como prova:

  • Relatório médico detalhado
  • Protocolo de negativa
  • Comprovação da urgência do procedimento
  • Eventuais gastos feitos por conta própria

2. Inclusão indevida em cadastro de inadimplentes

Se você teve o nome negativado sem débito válido, ou após ter quitado a dívida, há fundamento para pedir indenização por dano moral.

Por que cabe dano moral?

A inscrição irregular afeta diretamente o crédito, a reputação e pode causar constrangimentos e restrição injusta de acesso ao mercado.

O que apresentar como prova:

  • Certidão negativa de débito
  • Comprovação de pagamento
  • Print ou relatório da inclusão indevida
  • Eventuais prejuízos decorrentes

3. Abordagem vexatória ou constrangimento público

Ser acusado, exposto ou abordado de forma desrespeitosa em local público, especialmente por funcionários de lojas ou seguranças, pode ensejar ação judicial.

Por que cabe dano moral?

A exposição indevida fere a honra, a dignidade e a imagem do consumidor.

O que apresentar como prova:

  • Testemunhas
  • Imagens de câmeras
  • Boletim de ocorrência (se houver)
  • Relato detalhado da situação

4. Exposição indevida de dados pessoais

Com a vigência da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), o vazamento ou uso indevido de informações pessoais sem autorização pode gerar responsabilização civil.

Por que cabe dano moral?

Porque a exposição coloca o titular em risco de fraudes, viola sua privacidade e causa abalo à segurança pessoal e patrimonial.

O que apresentar como prova:

  • Prova do vazamento
  • Evidências de contatos não autorizados
  • Notificações extrajudiciais ou reclamações formais

5. Erro médico ou hospitalar com abalo emocional

Casos de diagnóstico equivocado, cirurgia desnecessária, negligência no atendimento ou perda de paciente por falha podem ensejar ação por danos morais.

Por que cabe dano moral?

O sofrimento do paciente ou dos familiares extrapola o mero aborrecimento, gerando traumas profundos e perdas irreparáveis.

O que apresentar como prova:

  • Prontuário médico
  • Parecer de profissional independente
  • Relato detalhado dos fatos
  • Prova do abalo emocional (psicológico)

O que observar antes de ajuizar uma ação de dano moral

  • Avalie se o fato realmente ultrapassa o mero aborrecimento
  • Junte todas as provas que sustentem sua versão
  • Tente solucionar extrajudicialmente (quando possível)
  • Fique atento ao prazo prescricional (geralmente 3 anos)
  • Busque orientação de um profissional especializado

Conclusão

A indenização por dano moral é um instrumento importante de justiça, mas seu uso requer responsabilidade, critério e provas consistentes. O Judiciário tem se mostrado rigoroso na análise de pedidos, especialmente para evitar banalização do instituto.

Conhecer os direitos garantidos no Código Civil  é o primeiro passo para agir com segurança e assertividade. É importante saber que a dor moral também pode e deve ser reparada quando ultrapassa limites legais e sociais.

A advogada Larissa Siqueira, já auxiliou inúmeros clientes na resolução de conflitos relacionados a contratos, responsabilidade civil, direito do consumidor, e outras questões civis. Com sólida formação, atuação humanizada e foco na solução de problemas, oferece orientação jurídica clara, segura e acolhedora em todas as etapas do processo, sempre priorizando os direitos das partes envolvidas e a busca por soluções justas e eficientes.

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FAQ:

  1. Quais são os principais exemplos de situações que geram dano moral?
  • Cobrança indevida com negativação
  • Erro médico com impacto psicológico
  • Exposição vexatória pública
  • Abandono afetivo ou traição exposta
  • Violação de dados pessoais
  1. Como saber se tenho direito à indenização por dano moral?
    Se houve sofrimento significativo, humilhação ou abalo psicológico causado por conduta ilícita de terceiros, pode haver direito à indenização. Consulte um advogado para analisar o caso.
  2. Qual é o valor da indenização por dano moral?
    O valor é arbitrado pelo juiz com base na gravidade do dano, condição econômica das partes e repercussão do caso. Não há tabela fixa.
  3. Negativação indevida dá direito a dano moral automático?
    Sim, segundo o STJ, a inscrição indevida nos órgãos de proteção ao crédito gera presunção de dano moral, com direito à indenização, mesmo sem prova de prejuízo financeiro.
  4. Posso pedir dano moral por atraso na entrega de produto ou serviço?
    Depende. Se o atraso causar frustração grave, perda relevante ou dano à dignidade do consumidor, é possível discutir o dano moral judicialmente.
  5. É possível acumular dano moral e material na mesma ação?
    Sim. A vítima pode pedir indenização por danos morais e também por prejuízos materiais, como perdas financeiras ou gastos com tratamentos.
  6. Qual o prazo para entrar com ação de indenização por dano moral?
    O prazo geral é de 3 anos, contados a partir do conhecimento do dano e de quem o causou, conforme o artigo 206, §3º, V, do Código Civil.
  7. Preciso de provas para ganhar uma ação de dano moral?
    Sim. É necessário demonstrar o fato, o dano e o nexo de causalidade. Provas documentais, testemunhas e perícias podem ser usadas.
  8. Processos de dano moral demoram para ser resolvidos?
    Depende da complexidade do caso e da comarca. Ações simples podem ser resolvidas em menos de um ano, mas casos mais complexos podem levar anos.
  9. Vale a pena contratar um advogado em casos de dano moral?
    Sim. Um advogado em Sorocaba ou na sua região pode avaliar corretamente o seu caso, reunir provas adequadas e aumentar as chances de êxito na ação.