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Escritório Larissa Siqueira

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Erros médicos infelizmente acontecem. Seja por uma falha de comunicação, negligência, imprudência ou imperícia, os impactos para o paciente e sua família podem ser profundos. Mas você sabe quando um erro médico realmente dá direito à indenização? Quais são os direitos do paciente? Como funciona esse tipo de processo?

Neste artigo, vamos explicar tudo de forma clara, simples e com exemplos práticos. A ideia é que você compreenda quando há direito à indenização, como reunir provas e quais são os caminhos legais para buscar justiça.

O que caracteriza um erro médico?

Diferença entre erro, complicação e riscos do procedimento

Antes de tudo, é importante entender que nem todo resultado negativo é necessariamente um erro médico. Em muitos procedimentos, existem riscos previstos e informados ao paciente.

Erro médico ocorre quando o profissional de saúde age fora dos padrões técnicos esperados, causando dano ao paciente.

Exemplos comuns:

  • Cirurgia realizada em órgão errado
  • Aplicar medicamento incorreto
  • Omissão de diagnóstico evidente
  • Alta hospitalar precoce que agrava o estado do paciente

Elementos necessários para configurar erro médico

Para que o paciente tenha direito à indenização, é preciso comprovar três pontos:

  1. Conduta inadequada do profissional ou da instituição
  2. Dano efetivo ao paciente (físico, emocional ou moral)
  3. Nexo causal entre a conduta e o dano

Quais são os tipos de responsabilidade?

Responsabilidade civil do médico

No Brasil, os médicos possuem responsabilidade subjetiva. Isso significa que é necessário comprovar que ele agiu com culpa (negligência, imprudência ou imperícia).

Exemplo prático:

Se um médico prescreve um medicamento ao qual o paciente é alérgico, mesmo com essa informação no prontuário, ele pode ser responsabilizado por negligência.

Responsabilidade dos hospitais e planos de saúde

Hospitais e clínicas, por outro lado, podem ter responsabilidade objetiva, ou seja, basta comprovar o dano e o nexo com o serviço prestado, mesmo sem provar culpa.

Quando cabe a indenização por erro médico?

Situações mais comuns

  • Diagnóstico errado com atraso no tratamento
  • Cirurgia com complicação decorrente de imperícia
  • Infecção hospitalar por falha nos protocolos de higiene
  • Recusa injustificada de atendimento
  • Falta de consentimento informado

Tipos de indenização

O paciente pode ter direito a:

  • Danos morais (sofrimento emocional)
  • Danos materiais (custos com tratamentos, medicamentos, lucros cessantes)
  • Danos estéticos (em casos de sequelas físicas permanentes)

Como funciona o processo judicial?

Etapas do processo

  1. Consulta com advogado especializado
  2. Análise do caso e reunião de provas
  3. Elaboração da petição inicial
  4. Acompanhamento pericial (muito comum em processos dessa natureza)
  5. Audiência de instrução e julgamento

Provas importantes:

  • Prontuários médicos
  • Exames laboratoriais e de imagem
  • Laudos de outros especialistas
  • Testemunhos de profissionais da saúde

O que pode dificultar o processo?

  • Ausência de registros médicos
  • Contradições no histórico do paciente
  • Diferenças de opinião entre peritos

O que é o consentimento informado?

É o documento assinado pelo paciente que comprova que ele foi orientado sobre:

  • Riscos do procedimento
  • Alternativas de tratamento
  • Consequências possíveis

Sem esse documento, o médico pode ser responsabilizado mesmo que o procedimento tenha riscos previsíveis.

E se o paciente morrer em decorrência do erro?

A família pode buscar indenização por danos morais e materiais. A responsabilidade civil por erro médico permanece, e os herdeiros têm legitimidade para mover a ação.

Quando o erro é cometido por plano de saúde ou hospital?

Nestes casos, a responsabilidade pode ser direta (por falhas na prestação do serviço) ou indireta (por contratar profissionais que atuaram com erro).

Exemplos:

  • Falta de estrutura adequada
  • Atraso no atendimento de urgência
  • Equipe despreparada

Como prevenir um erro médico?

Para os pacientes:

  • Guarde cópias de exames e receitas
  • Anote sintomas e datas
  • Pergunte sobre riscos e alternativas
  • Leia com atenção o termo de consentimento

Para os profissionais:

  • Documente tudo no prontuário
  • Atualize-se tecnicamente
  • Comunique-se com clareza
  • Trabalhe em equipe

Resumo rápido: pontos principais

  • Erro médico ocorre quando há falha na conduta do profissional, gerando dano ao paciente
  • O paciente tem direito a indenização quando há culpa, dano e relação entre os dois
  • Hospitais e planos podem ser responsabilizados mesmo sem culpa direta
  • É essencial reunir provas: prontuários, laudos e testemunhas
  • O prazo para ação é de 5 anos